CHICANEIRA

Não aos tabus!

Monday, June 13, 2016

É desta!
Vou começar a escrever um blog.
O meu blog vai ser sobre ti Joana. A minha filha.
Quem há uns tempos atrás julguei que não ía conhecer.
Por diversas razões:
- primeiro porque não arranjava gajo;
- segundo porque não arranjava gajo;
- terceiro porque... isto prolongou-se até aos meus trinta e cinco anos...
Não é que eu não tivesse "cambalachos". Era bem bonita, embora não me apercebesse disso.
Loira, de olhos verdes, e com um corpinho torneado e "catita".
Adorava dançar, e dançava bem.
Inteligente, embora com crises de auto-estima.
E foram estas crises, e estes óculos deturpados sobre a minha pessoa que fizeram com que chegasse aos 35 anos com histórias de "cambalachos" e incólume aos bons rapazes. E estes últimos foram muitos que bateram à minha porta!...
Tenho de ter uma conversa sobre este tema contigo minha filha.
Quero que namores muitoooo, mas que tenhas tão boa estima de ti própria que irás escolher bem! E que erres bem também! Que saibas o que queres e que digas Não ao que não queres.
Adiante.
- Depois arranjei gajo, corrijo, um homem, que também queria, tanto como eu, uma filha.
Uma dádiva da natureza, uma benção para nós.
Foram dois anos em tentativas.
Irei contar mais adiante esta fase das nossas vidas, porque acho importante relatá-las para quem está a passar, ou passou por isso.
Não é fácil.
Mas o mais engraçado Joana, é que eu soube o dia exacto em que engravidei de ti. Quando eu ouvia pessoas dizerem isso ficava céptica. Mas agora que me aconteceu a mim, acredito! Eu acordei a meio da noite para sentir a simbiose do espermatozóide com o meu óvulo. É esquisito não é? Mas foi o que efetivamente aconteceu.
E depois, nesse mesmo mês, ao invés de ir comprar os testes de gravidez da farmácia fui, pela primeira vez, fazer diretamente o teste de sangue, tal era a "fezada".
E lá estava, o beta Hcg a 122, ou seja, nos valores de referência da terceira semana de gestação.
Foi a loucura!
E o sonho sonhado passou a sonho em concretização.
Por isso devo-te um blog Joana. Quero-te contar tantas coisas.
Não me posso esquecer de todas as peripécias. De todas as experiências marcantes que me fizeram chegar da forma como me conheces, até ti.
E o objectivo desta conversa não é de que erres.
Pelo contrário.
Espero que cometas os teus erros, na tua aprendizagem.
Mas que não sejam erros por falta de auto-estima, e por não saberes o quão és desejada e amada.
Por isso aqui vai o meu contributo minha filha.
Um beijo grande para ti, enquanto dormes no teu quarto.

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