Prometi-te que escrevia.
Então cá estou eu.
Para escrever e contar-te a minha jornada de férias.
1º dia:
Foi sábado. Dia 31 de Agosto.
De manhã levei a minha mãe ao dentista, a Cascais. Na sala de espera estive a lutar para completar mais um Su Doku. Um jogo novo que apareceu e que agora está em quase todas as revistas e jornais. É um jogo inteligente. Até eu conseguir completar o difícil. Até agora só consegui completar os médios. Quando chegar aos dificeis o dito jogo deixa de ter a sua piada. Ou não. Hum...
Depois fui trabalhar. Boa maneira de começar as férias não será? Sim. Fui trabalhar. Deixar umas coisitas em dia para vir descansada de férias. Ao menos o trabalho que esteja arrumado. Já o resto... Conto com as férias.
E, ainda antes de pôr os pés em casa fui até à casa do meu irmão. Queria ver o meu tesouro. A Teresa. Aos recem-nascidos continuo a não achar grande piada (com a excepção óbvia da Teresinha). Se bem que me passo sempre que pego ao colo algum. É mágico. E recordo-me sempre. De todos os meus primos sei em quem peguei ou não ao colo, e em que situação foi: A Carolina no carro. Estava a dormir e eu acariciava os seus cabelos. O Tiago em Barreiros, por detrás de todos os montes, e na varanda, ainda de madeira, a ver o por do sol. O Eric... O meu tesouro. É o meu afilhado. Já te tinha falado dele? Vou vê-lo agora em Agosto. Meu deus! Como tenho saudades do meu puto. Ele é lindo. Já não o vejo há quatro anos. Sinto saudades de brincar com ele. Puxá-lo para mim, cheirar-lhe o cabelo e chamar-lhe a minha cabecinha de pêssego. Sabes? Ele ao telefone disse-me que gostava de mim desde a Suiça até África. Num português espanholado e misturado com alemão. Teve que ter a tradução da mãe. Mas disse. E só num posterior telefonema disse-lhe que gostava dele daqui até à lua. O malandro (e inteligente) respondeu-me que até ao infinito. Fiquei a perder. Ou não.
Mas estava eu a falar da Teresa. Adoro ficar a olhar para ela. A dormir. A comer. A chorar. A rir. Se bem que a chorar dá-se-me um apertozinho no coração. Daqueles a que eu tenho que me habituar. Sou limitada. Mas se fosse por mim nunca sofrerias qualquer dor. Porém não tenho esse poder. Mas sou tua tia gajinha pequenina. E muitos filmes, bonecos, barbies, peluches, armários, sonhos e contos quero eu partilhar contigo.
Ora vamos apanhar o fio à meada.
Fui ver a Teresa. Despedi-me da miúda. Ela deve vir cá a Aveiro agora em Agosto, se bem que não sei se estou cá ou não. Se calhar vou a Espanha (em zona ainda a decidir) com o meu primito Pedro. É um primo cinco estrelas.
Depois vim para casa fazer a mala, da forma típica e como eu gosto: até encher tudo vale pôr lá dentro. Depois tentam-se preencher os espaços vazios de lado da mala, bem como os bolsos que se encontram por fora. Já sem me lembrar o que pus lá para dentro, depois da mala estar completamente cheia, começo a reparar que ainda ficou muita coisa por levar. Desta vez decido que são duas as malas que quero levar. E o procedimento é o mesmo.
2º dia
6 da manhã... Domingo
A minha mãe tem pânico de andar na estrada devido ao acidente terrivel que teve, por isso, tanto eu como o meu pai tentamos ser compreensiveis e lá acordámos àquela hora. Partimos às 6h30. Adormeci no bólides (ainda sem nome porque é o do meu pai. O meu chama-se Lucas Manuel como sabes. Bene. Vou Baptizá-lo: Necas) com a boca aberta e a descair. Acho que não me babei pelo menos. O resto do dia foi calmo. À conversa com as primas. Uma caminhada pela Pedreira. E uma leitura voraz do livro «Qualquer coisa de bom» de Sveva Casati Modignani. Acho que é assim o título do livro. Já o li. Em apenas dois dias. É uma leitura fácil e simples, e que apela ao coração. Ela é uma escritora ternurenta. Devorei o livro, pronto.
3º Segunda
Tentámos ir à praia. Vento.
Fomos às compras para Aveiro. Não consigo me decidir a comprar uma colcha (quero a cor certa para embrulhar os meus sonhos). Andei a cuscuvilhar várias lojas mas não me conseguia decidir. A minha cama aqui em Aveiro é enorme sabes? Tem 1,60 por 2,40. Acho que é assim. Só sei que me rebolo nela cá com uma pinta. Adoro dormir numa cama enorme. Assim todos os meus sonhos dormem juntamente comigo. E. A qualquer momento, como no filme do kusturika «a vida é um milagre» a cama poderá sair das portadas que tenho no quarto e voar por de cima de todos os montes e casas. E de lá de cima avisto o meu princípe que olhava distraído para as estrelas, na sua varanda e numa das suas insónias, enquanto beberricava um chá. E eu, inocentemente perguntava-lhe: «queres boleia?» E ele: «para onde?». «Está. Eu deixo-te conduzir».
4º Terça. Hoje
Praia. Sem vento. Caminhada na praia.
Tenho aqui um apaixonado. O meu primo André. Tem cerca de 4/5 anos. Parece que nestas idades os miudos gostam muito de mim... Depois crescem. Hehehehe
Despues leitura. Um novo livro e outro que ainda estou a acabar. Cortar a relva. Estender-me ao sol no terraço. Estou com uma certa irritação solar... Mas também estou irritada de tanto querer ficar morena... Depois matei-me na bicicleta durante 30 minutos.
Depois de acabar de te escrever vou vestir qualquer coisita mais apropriado (aqui ando à vontade, de calças descaidas e cuequitas a verem-se e uma qualquer camisola que me apareça à frente, podendo a mesma não coincidir com o calçado. Estou de férias.) Mas agora vou dançar salsa. Não é muito o meu estilo de dança... O problema é que dança... É o meu estilo.
Beijinhos estrelados para uma estrela de mi corazon
1 Comments:
Espero q essa estrela seja eu!(senão...unf...)
assinado:
A estrela possessiva
:D
p.s. adorei a descrição estilo "Querido Diário" :) :)
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