CHICANEIRA

Não aos tabus!

Wednesday, March 24, 2004

Acendo um cigarro e meto a mix a dar, no meu citroen a cair de velho e já cansado das minhas manobras de principiante. Mas é meu. E não tenho outro para me deslocar. As tuas palavras vieram-me à cabeça: «Queres-te casar comigo?». No momento em que pensei nestas palavras os meus pêlos (das pernas inclusive - é hoje que faço a depilação) levantaram-se em estado de alerta (quais mini-consciências a dizerem-me: és muito nova... Deixa-te de merdas... Isso é tão cliché e fora de moda...).
Se eu o amo? Se eu não o amo? Eis a questão... Dou uma passa profunda e grave no meu cigarro, como que para me ajudar a pensar melhor.
E tive e tenho que pensar sobre que resposta irei dar à tua pergunta... Será este um bom sinal?
Quando te disse que tinha de pensar, o teu lábio inferior (que apetitoso) ficou pendurado. O teu olhar perdido no meu queixo. E só conseguiste proferir «blugh» até eu te dar a deixa de saída de palco - «Amanhã falamos meu amor. Apanhaste-me de surpresa...». A verdade. A verdade, verdadinha, é que tenho medo dos dias monótonos, da entrega, do ceder. Mas também não sei se conseguirei ficar sem ti... E será que estou pronta para um tal passo? Dou mais uma passada profunda e grave no meu cigarro.

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